A linguagem sempre traz consigo uma série de valores que circulam a sociedade por aí afora. Fiquei pensando sobre a questão da inclusão na escola e as palavras “deficiente/deficiência”. Vejo muitas pessoas falando em deficiente. Isso me incomoda, desde que eu comecei a repensar essa questão da identidade. Me parece indispensável começar a tratar as pessoas como pessoas, sem rótulos, sem estigmas, sem identidades. Identificar uma pessoa como deficiente, é ver essa caracerística como definidora de uma identidade, colocá-la numa caixinha e restringi-la a isso.
Considerar a inclusão no processo escolar, seja de pessoas com deficiência, de pessoas que gostem de outras do mesmo sexo, que tenham qualquer tom de pele, que sejam de quaisquer gêneros, religiões, etc, é tratar as pessoas para além de suas ditas identidades, desde os documentos das políticas públicas até a postura dos professores em sala de aula, é simplesmente tratar de pessoas, nas suas necessidades, diferenças e facilidades. Este documento é interessante, e poderia ser pensado para além da inclusão das pessoas com deficiência, poderia ser para abarcar toda e qualquer diferença.
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