quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Escola Comum Inclusiva






A discussão a respeito da distinção entre a escola dos diferentes e a escola das diferenças foi para mim bastante interessante, na medida em que demonstrou as possibilidades de lidar com as diferenças e os efeitos ocasionados por essas possibilidades.
Ao tratar a questão da identidade e das diferenças, observa-se uma tendência das escolas de classificar e separar os alunos entre os normais (positivos) e os especiais (negativos), postura esta que se caracteriza como a escola dos diferentes. Esse tipo de instituição escolar estrutura-se com base na diversidade e se organiza em currículos adaptados e ensino diferenciado, o que resulta em um efeito inverso ao qual se propõe seu discurso inclusivo: essa organização escolar favorece a exclusão.
A proposta da escola das diferenças vai à contramão da dos diferentes e se propõe a reunir em um mesmo espaço todos os alunos e a trabalhar com cada um como sujeitos únicos e singulares, os quais não podem ser agrupados em normais ou especiais. Essa escola não valoriza a diversidade, mas sim a multiplicidade, que é o que origina a diferença de fato, é ativa, produtiva e não se reduz ao agrupamento.
O texto, enfim, levou-me a pensar sobre uma forma de organização escolar que caminhe no sentido da inclusão além do discurso. Uma escola que se veja como um organismo único e especifico, que considere todos os seus sujeitos também como seres únicos e que valorize o que cada singularidade tem para oferecer e enriquecer no processo educativo. Viver a multiplicidade no interior da instituição escolar e de forma positiva é um bom começo para aprender a vivê-la bem em todas as esferas sociais.

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