Chegar ao ideal do que seria uma escola para todos ainda está difícil de visualizar nas escolas públicas hoje, de fato, há uma inclusão acontecendo, mas o problema é como ela vem se desenvolvendo, o que ocorre geralmente é uma diferenciação ligada à oposição dentro do próprio ambiente escolar, ainda se classifica entre normal/especial, pobre/rico, magro/gordo entre outros, ou seja, a diferença hoje ainda é ligada ao negativo. É preciso quebrar com a idéia de igualdade e normatização, para podermos viver a diferença, em um ambiente onde não se tenha a aquisição de uma identidade negativa colocada ao diferente. É necessária uma mudança que mesmo sendo demorada deve se desenvolver dentro de cada escola, na construção de seu projeto político pedagógico, que inclui a todos que se envolvem no ambiente escolar, construindo coletivamente um projeto onde a inclusão não seja algo a parte, mas sim algo que faz parte de um todo, revendo as práticas escolares e mudando toda uma organização que tem por objetivo a exclusão, não só dos diferentes, mas de todos que acabam por receber uma rotulação.
Acredito que o AEE seja muito importante para alcançar a “escola das diferenças”, ele deveria ser oferecido dentro de cada escola, ou ao menos em locais próximos, para que não dificulte a acessibilidade do aluno, pois através deste atendimento o aluno pode conhecer e explorar suas capacidades.
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