quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Rizoma e a educação menor

Eu escolhi ler o llivro sobre Deleuze. Poderia escrever muitas coisas que refleit sobre, mas nada me afetou mais que o conceito de rizoma e a questão da disciplinaridade na escola e na ciência.
Penso muito sobre os limites da ciência que está aí posta, tenho um posicionamento muito crítico a ela, mas quando me perguntam o que colocar no lugar, eu simplesmente não sei. Essa foi a primeira vez que tive contato com uma crítica que vinha com uma proposição: o conceito de rizomas, diversos, vários, que se conectam e engalfinham por milhões de possibilidades, é fantástico para a criação de algo pós ciência. É como se os frutos dos muitos galhos da árvore da ciência tivessem caído aleatoriamente no chão, e começassem a brotar emaranhados, num arranjo totalmente novo. Para educação, isso abre brechas incríveis.
Uma brecha de trascendência para bagunçar as gavetas do conhecimento e encarar a educação de maneira mais caótica.
Tive uma experiência muito rica nesse sentido, que me formou mais do que formei qualquer pessoa. Éramos um cursinho popular, que, apesar da crítica que fazíamos ao sisema educacional, o reproduzíamos. Então, depois de um episodio em que um professor de matemática dividiu as salas entre "melhores" e "piores", e do nosso espanto quando ele nos perguntou o que o impedia de fazer isso (porque nós nos chocamos muito com essa postura), começamos a perceber que precisávamos rever nossa prática, assim como escrever um projeto pedagógico. Então, partimos para reescrever, e, depois de um fim de semana juntos trabalhando, o resultado foi este : http://machadodeassis.wikispaces.com/Projeto+Pedag%C3%B3gico ; dissolvemos as disciplinas, e passamos a dar aulas em mais de um professor (para tentar driblar a nossa formação disciplinar). E foi interessante o resultado. Acho que pode ser um começo de alternativa, de uma "educação menor", que é o que me interessa construir.

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