Nossas escolas, atualmente, são um espaço de tolerância. Tolera-se o diferente, já que assim determina a legislação. No entanto, ao refletir sobre o assuntos, muitos questionamentos surgem, afinal, nós estaremos nessas escolas, lecionando em salas de aulas repletas de alunos com inúmeras diferenças.
Acredito que o primeiro passo para tornar nossas escolas um espaço realmente inclusivo é perceber que todas as pessoas são diferentes, em diferentes proporções, e devem receber atenção diferenciada. Assim estaremos garantindo que cada uma delas aprenda, no seu ritmo, o conteúdo.
Na minha opinião, essa visão é até mais importante do que garantir o acesso ao ambiente escolar. Afinal, o sentimento de pertencer ao grupo está nas relações construídas, nas experiências trocadas, nas memórias e aprendizados gerados, e não na facilidade de acesso à um ambiente. De que adianta ter rampas, sinalização no solo, ou orientação auditiva se ao estrar na escola? De que adianta chegar à sala se lá há um tratamento que expressa sem dizer: “você não deveria estar aqui”?
Desde muito cedo aprendemos que a diferença pode ser um problema. Cabe a nós, adultos educadores, trabalhar para mudar nossa mentalidade, e assim buscar mudanças nessa forma de encarar o múltiplo.
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