quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Escola e a Diferença



Engraçado pensar que até poucos anos atrás não existiam rampas para os cadeirantes nas ruas e que aqui no Brasil pouquíssimas são as cidades que implantaram um sinal sonoro nas ruas para avisar aos cegos quando é possível atravessar ou quando não. Se pararmos para pensar, as nossas cidades não são bem adaptadas às necessidades que os brasileiros podem ter.

Na escola não é diferente. O texto do Mec chama atenção para a dificuldade que as instituições de ensino têm em se adaptar a seus alunos. Eu mesma tive a oportunidade de estudar com uma cadeirante em uma escola sem acessibilidade. Não havia rampas, não havia corrimão e, principalmente, não havia ninguém da escola interessado em melhorar as condições de acesso àquela estudante. Precia que para a escola sua única função era de permitir que uma cadeirante frequentasse suas aulas.
Eramos nós os alunos que nos preocupavámos com a locomação dela pela escola. Por muito tempo carregavamos ela e sua cadeira pelas escadas. Se não fossem seus colegas de sala, ela só ficaria dentro da sala de aula. Sairia apenas para ir embora.
Por mais que se façam leis que tentam garantir o direito à educação, faltam ações escolares que realmente façam jus a esses direitos. A ideia é que todos aprendam e façam parte do ambiente escolar. As escola precisam perceber que as diferenças compõem sua realidade.

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