um prolongamento das aulas da disciplina EP153 do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação - UNICAMP
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Perdoem...eles não sabem o que dizem...
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Da resistência a Recusa
Mas um tapa na cara daqueles que colocam a gente no lugar.
Depois da aula eu fiquei pensando, e refletindo com uma amiga inclusive, sobre algumas concepções de feminismo...
Agora eu reli um pedaço do texto que tinha ficado na minha cabeça e de repente ele me pareceu absolutamente claro.
Da resistência a recusa. Fiquei pensando nisso para a questão do feminismo. Uma parte do feminismmo sempre fez o discurso da resistência - resistir aos homens, ao sexo, a pornografia, à todas as posibilidades de amor que não fossem a monogamia, ao seu próprio corpo. O "canto da sereia" de uma libertação que se faz em apagar o poder de qualquer corpo que se coloque como masculino, de se apagar a dominação por neutralizar algo que jamais será neutro, por simplesmente acabar com qualquer relação sincera e sensível com o outro(os que nascem ou querem er homens). Disso para um absoulto "apartheid" sexual, em que homens e mulheres vivam isolados e só se juntem para se reproduzir, ou uma inversão de dominação, em que etaremos nós mulheres como opresoras, estaremos a um passo nessa lógica.
A recusa - a recusa dessa representação de feminino e de masculino, se refazer e se travestir(lindo termo), e assim transformar as relações de dominação em relações de poder somente, sem apagar as diferenças e sem pressupor isso... a recusa do que somos, exatamente isso, para criar o novo. Recusar os padrões sobre o que é ser mulher, recusar os saberes que fixam esse padrão, recusar o que sentimos para poder repensar e travestir esse sentimentos, isso é transformar algo. Se o poder se dá de maneira positiva, na tagarelice, criemos novos discursos, para que coexistam todos os discursos, criemos uma nova pornografia, uma forma de lidar com a sexualidade, com o corpo, com os homens....
E nisso, criamos as tais práticas de liberdade.
Educação como sujeição e como recusa
Educação como Sujeição e Recusa
Educação como Sujeição e como Recusa
Educação como Sujeição e como Recusa
Neste capítulo, Dussel e Caruso argumentam como a educação é uma forma de legitimar o governo. Isso se deve a uma mudança na consciência da população que ocorreu ao longo da história. Na Idade Média não havia interesse por parte dos senhores no que os seus subordinados pensavam, contanto que eles cumprissem com as suas obrigações e lhes fossem obedientes. Entre os séculos XVI e XVIII, ocorreu uma mudança de pensamento, e os autores escrevem "Já não se trata de impor a obediência cega sob ameaça de violência, mas de obter a obediência reflexiva, aceita como correta." Era preciso então convencer, por meio de argumentos racionais, da necessidade do respeito às regras, e caso isso não ocorresse, o indivíduo deveria justificar-se e aceitar a punição. Enfim, Dussel e Caruso dizem que para que a população se deixe conduzir por um governo, é preciso que cada indivíduo sinta-se condutor de si próprio. Sobre isso, os autores escrevem que governar-se se relaciona com controlar seus impulsos, comportar-se de acordo com a determinação de códigos sociais, fazer isso de sua liberdade, que não é pura nem irrestrita. Ao fim da argumentação, os autores concluem que a pedagogia é fundamental para o processo de governo, uma vez que esta "trata de educar as consciências e os corpos."
Após pensar muito sobre o assunto, ainda não sei se consigo compreender completamente o que os dois textos propõem, portanto, não sei se é possível timar uma posição a respeito. Mas não deixo de ficar com a pulga atrás da orelha ao refletir sobre o assunto.
“Educação como Sujeição e como Recusa”
“O exame, sustentado pela observação hierárquica e pelo julgamento normalizador (...) permite que características particulares dos sujeitos sob observação ou análise sejam relatadas, classificadas, julgadas e utilizadas (...)” p. 104
Educação como sujeição e como Recusa
"Educação como Sujeição e como Recusa"
“É central aos discursos modernos a crença na universalidade de seus compromissos epistemológicos e ontológicos básicos, não importando se o conhecimento é ditado pela autoridade, descoberto pela razão científica, ou construindo através da comunicação racional.” (DEACON E PARKER, p.98)
Esta tirinha gera várias reflexões. Primeiramente, preparar-se para a sociedade do século 21 não necessariamente significa ter conhecimentos para progredir no mercado capitalista. A sociedade exige isto, mas será que estes fatores são de extrema importância pra o aprendizado e desenvolvimento do sujeito?
E também, pode-se perceber que a professora usa de seu poder – autoritarismo – dizendo que a responsabilidade da qualidade do ensino é exclusiva ao aluno, porém, o sucesso escolar é a soma da cooperação entre a comunidade e a instituição escolar. Então estas trocas resultarão em recíprocas relações que conduzem ao aprender pela experiência – demais dimensões dos sujeitos, não apenas pelo cognitivo.
Educação como Sujeição e como Recusa
Achei muito interessante compartilhar aqui o que eu li essa semana na revista VEJA, do dia 21 de setembro de 2011. O economista Claudio de Moura Castro fez uma crítica ao ensino médio brasileiro dizendo:
"Nossos alunos têm um nível médio de compreensão de leitura equivalente ao de europeus com quatro anos a menos de escolaridade... E como é a escola que oferecemos? Tomamos o currilo fixo das escolas europeias e a alternativa da escola única dos americanos. Ou seja, a escola única com currículo único... nos livros, há assuntos demais, dentro de cada disciplina, como se todos fossem gênios e o tempo de aula fosse o dobro... com a inundação de conteúdos, nada se aprende, mas de tudo se ouve falar."
Educação como sujeição??
"Qual conhecimento é produzido à medida que os professores extraem a verdade ou provocam a ação dos alunos (e vice-versa) depende das relações de poder através das quais os sujeitos são constituídos."
Educação, verdade, poder, sujeição... Palavras antes conhecidas, mas não relacionadas, agora unidas com o objetivo de causar reflexão... O mais importante é perceber que não estamos sozinhos em sala de aula. Levamos conosco todo um sitema político, econômico, social. E muitas vezes, sem saber, reproduzimos técnicas hierárquicas em sala.
O primeiro passo, para qualquer mudança, é a conscientização.
Educação como Sujeição e como Recusa
E pensar um pouco sobre as técnicas Hierárquicas de vigilância da Escola.
"Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e OBEDECER?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar" [...]
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
"Educação como sujeição e como recusa" e a contribuição de Clarice Lispector.
A educação é um Elo criado para propagar. E, fracassando ou não, a educação propaga. Eis, então, a arte do cuidado para com o poder. É preciso ter cuidado com aquilo que pretendemos passar adiante... "Cuidar do eu é controlar o abuso de poder, limitar ou minimizar a dominação do nosso eu: 'é o poder sobre o que regulará o poder sobre os outros' ".
Este texto também me fez 'convidar' Clarice: http://www.youtube.com/watch?v=re4-BJ7JccI
Educação como Sujeição e Recusa.
Educação como Sujeição e como Recusa
Pensar a educação como sujeição e recusa é analisar o que a educação se propõe a fazer de fato dentro da nossa realidade, e refletir como ela pode ser dentro de outra perspectiva.
"Educação como sujeição e como recusa"
"Educação como sujeição e como recusa"
Para Foucault o poder não é uma coisa ou uma propriedade, ele não se encontra em apenas um indivíduo ou uma única instituição; ele está em tudo, permeando a sociedade.
Pretendendo explicar o poder sem o rei como sua fonte e natureza, Foucault vai nos falar sobre o que ele chama de “Poder de disciplina”, o qual nasce com a modernidade, e é, basicamente, uma forma de poder ligada às instituições. Disciplina aqui vem como uma forma de executar o poder - que é individualizante, já que se exerce sobre cada indivíduo. É um poder que vem de fora, mas que se internaliza.
Se o poder é imanente na sociedade e se faz presente em todos os lugares, então todos nós somos afetados por ele? Se a ação da construção do aluno como indivíduo se dá com a influência do poder, então o professor que forma esse indivíduo também se encontra vinculado a ele, já que também foi aluno dessa mesma sociedade.
Ao contrário do que muitos acreditam, disse Foucault, “a verdade não está fora do poder”, já que ela faz parte desta sociedade, deste mundo. É possível então algum indivíduo constituir uma verdade sem qualquer efeito do poder? Para isso, sua educação necessariamente teria que se dar com a ausência desse? Teria que se pensar além do que se é esperado que se pense? Parto dessa discussão inicial para tentar entender como um professor, nessa perspectiva, pode ajudar seu aluno na construção de uma verdade sem amarras no poder.
"Existem momentos na vida onde a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir" (Michel Foucault)
É possível se sujeitar e emancipar?
O texto de Roger Deacon & Bem Parker, “Educação como sujeição e como recusa”, me surpreendeu por abordar a educação de uma forma a qual nós educadores muitas vezes desconhecemos (abordagem foucaultiana), e também por definí-la de maneira diferente em relação a maioria vistas e trabalhadas até então com os demais textos da disciplina. Nesse texto, a educação é definida como meio de sujeição de professores e alunos a técnicas de vigilância, exames e avaliações por parte daqueles que nos rondam (como pais, administradores, colegas, etc.) assim como é estabelecida por meio de relações de poder entre professores e alunos. Somente por esse meio, conforme apontado pelo texto, é que a verdade, ou mesmo o conhecimento pode ser transmitido ao aluno, na medida em que a verdade é saturada de poder e é produzida por “múltiplas formas de constrangimento”, que dependem não só da sujeição do aluno, por parte do professor, a comunicações reguladas (como lições, questões e perguntas, ordens e exortações, etc.) e a processos propriamente de poder (como vigilância, punição e recompensa, etc.), como também a ação auto-disciplinadora do próprio indivíduo.
Além disso, ainda segundo o texto, faz parte da atividade educadora não somente a sujeição dos educandos a ação disciplinadora tanto por parte de agentes externos como também internos, mas também ações de recusa por parte dos alunos, àquilo que lhe está sendo proposto.
Acredito assim, que somente por esse meio, seria possível e viável a emancipação dos alunos, conforme apontado por Ranciére em seu texto. Isso porque é dessa maneira o processo de ensino-aprendizagem não fica centrado unicamente na sujeição da inteligência do aluno à do professor, ao que Ranciére coloca como sendo uma hierarquia das inteligências, na qual o aluno já recebe uma concepção já formada pelos professores sendo impedido de colocar o seu entendimento sobre o que lhe foi apresentado. Por meio da emancipação, portanto, o aluno teria espaço para que por meio do exercício da recusa ele possa duvidar de tudo que lhe for apresentado, e conceber o mundo segundo as suas visões.
Educação como Sujeição e como Recusa
EDUCAÇÃO COMO SUJEIÇÃO E COMO RECUSA
Educação como Sujeição e Recusa
"Educação como Sujeição e como Recusa"
Tomando o poder como algo imanente às relações humanas, como foi analisado no texto, no contexto educacional tanto o professor quanto os alunos estão presos às amarras desses jogos de poder. No texto lido os autores trabalham com a idéia de recusar e criticar o que somos, contestando as desigualdades existentes, para que seja possível promover novas formas de subjetividade. Vejo, dessa forma, como grande desafio para um professor, à recusa de tal situação em que estamos colocados e o papel que assumimos nesse contexto. Mas, nas palavras de Foucault, “estamos sempre “dentro” do poder, não há como escapar dele”. Assim, me questiono como, de forma prática, tal recusa seria possível de se concretizar e gerar resultados, se todos nós estamos envolvidos e controlados pelo o poder? A leitura me possibilitou olhar para minha posição de aluna e futura professora, e questionar de que forma posso me libertar de todos esses mecanismos de sujeição. Para tais inquietações ainda não consigo encontrar resposta, mas penso que talvez essa própria indagação já seja um início da recusa que o autor apresenta.
Educação como sujeição ou recusa
“O professor é constituído como o catalisador particularmente ativo, autorizado e comunicativo da produção e reprodução do conhecimento, em relação ao qual o aprendiz pode ser mais ou menos ativo, mas sempre subordinado. Sobre essa fundação comum e primária, a diversidade educacional tem se baseado em diferenças de segunda-ordem: convicções e objetivos políticos (reprodução ou transformação social); o status (científico ou ideológico) do conhecimento; a eficácia relativa aos métodos de instrução; a maneira pela qual a autoridade do professor é justificada (como autocrática ou como democrática); o grau de autonomia concedido aos aprendizes e a extensão no qual a reflexão e participação críticas são encorajadas”
(Deacon 1994; Deacon & Parker, 1993)
"Educação como Sujeição e como Recusa"
Educação como sujeição e recusa - Roger Deacon e Ben Parker
"os seres humanos são também intersubjetivamente sujeitados pelo fato de que eles são governados externamente por outros e internamente por suas próprias vontades." (p. 101)
Deste modo, eu me pergunto, em que momento nós somos totalmente livres?
Será que nós somos realmente livres quando pensamos por nós mesmos, aqueles pensamentos cheios de influência externa?
"Educação como Sujeição e como Recusa"
Educação como Sujeição e como Recusa
Entender que a escola é uma instituição disciplinarizante, pronta para controlar as mentes e firmar ainda mais as relações de poder existentes na sociedade, pode fazer parecer que alunos, professores e funcionários da escola nada podem fazer diante dessa imposição de poder. Porém, essa frase de Foucault mostra que as relações de poder estão em constante movimento. Em determinado momento o indivíduo está 'submetido' a esse poder, já em outro, o exerce sobre os outros. O que define em qual pé dessa relação ele estará é o modo como ele lida com o conhecimento. Por mais que a escola seja esse espaço de imposição do poder - já que nem alunos, nem professores e, muitas vezes, nem gestores estão autorizados a decidir quais conteúdos serão ensinados em sala ou não - as experiências vividas na escola podem fazer com que os alunos tenham uma visão mais crítica a respeito desses conhecimentos, para assim agirem sobre ele. Decidindo por si só o que e de que maneira usará esses saberes. Nós professores temos, portanto, que deixar de nos esconder na desculpa de que estamos de mãos atadas diante dos acontecimentos escolares e assumir a nossa responsabilidade ao lidar com nossos alunos. Se nós, alunos-professores não enxergamos que somos autores e não apenas receptores de poder, continuaremos descontentes e imprestáveis na ação de transformar os problemas da educação.
Educação como Sujeição e Recusa
Educação como Sujeição e como Recusa
Educação como sujeição e como recusa
Com relação ao tema abordado no texto, creio ser relevante colocar a tira de Quino a respeito da educação.
- Levando em consideração de que muitas das relações sociais são baseadas em relações de poder, seria estúpido e ingênuo de nossa parte pensarmos que a escola seria a única instituição fora desse contexto.
Desde o início, a escola sempre se manteve próxima e inserida do poder em si, sendo sempre dependente dos resultados que provém dele.
"Toda tentativa de fechamento está destinada a reprimir aquilo do qual depende a permanecer incompleta; aquilo que aparece como mecanismo para a transmissão do conhecimento por uma autoridade, dentro de uma instituição, representa , na realidade, condições de possibilidade de sujeição, mascarada por alegações de favorecimento do progresso intelectual, da mobilidade sócio-econômica e do progresso social." (página 102).
À luz dos pensamentos de Foucault, os autores discutem acerca da sujeição do ser pela instituição e destacam que, segundo o pensador, uma instituição educacional não deixa de ser uma disciplina. Estamos sujeitos ao que a escola pode nos oferecer e o que quer nos oferecer.
Enfim, enquanto o ambiente escolar estiver impregnado de relações de sujeito dentro das relações de poder, será difícil transcedê-las e subvertê-las, contestá-las e problematizá-las. Já é tempo de "experimentar formas alternativas de oferta e administração educacional, promover novas formas de subjetividade".
Educação como Sujeição e como Recusa
"O exame, sustentado pela observação hierárquica e pelo julgamento normalizador, sujeita aqueles que sao percebidos como objetos e objetifica aqueles que são sujeitados." (FOUCAULT)
"Educar é sujeitar professores e alunos a poderosas técnicas hierárquicas de vigilância, exame e avaliação." (FOUCAULT)
"A educação está planejada para fracassar; ela produz necessidades e sujeitos necessitados, a fim de justificar sua própria necessidade." (ROGER DEACON)
“Educação como Sujeição e como Recusa – Roger Deacon e Ben Parker”
“Ao mesmo tempo criadores e efeitos de relações de poder e saber; veículos e alvos (agentes autônomos e autômatos determinados) de discursos poderosos; reprimidos e produzidos por relações de poder – os seres humanos são também intersubjetivamente sujeitados pelo fato de que eles são governados externamente por outros e internamente por suas próprias consciências.”
O trecho da página 101 me lembrou muito a discussão no final da aula passada, e também me levantou alguns questionamentos.
Acredito que a leitura do texto, desestabiliza o leitor que ainda não tem muito contato com o mundo escolar; Particularmente, após a leitura de “Educação como Sujeição e como Recusa”, meus pensamentos sobre a escola, sua maneira de agir, seu papel na sociedade e principalmente qual o seu objetivo, foram desconstruídos mais uma vez. E por essa desconstrução me veio à pergunta que foi muito levantada na aula passada: Qual a forma de mudar essa situação em que ao mesmo tempo somos criadores também somos efeitos de relações de poder e saber? Eu que ainda não tenho contato com o realidade escolar, e tenho ainda grande dificuldade para conseguir enxergar essas relações, que na maioria das vezes estão implícitas, não consigo pensar em uma solução, embora acredite que ela exista.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
educaçao como sujeiçao e recusa
A educação é permeada tanto por relações de sujeição, em que ela funciona como um disciplinador como por relações de recusa que consiste em confrontar essas mesmas relações.
Centrei-me na frase: “comunicar é sempre uma certa forma de agir sobre os outros”.Essa frase permite-me compreender que tanto os professores como os alunos se influenciam, quer seja por relações de sujeição ou recusa. Considerando o poder da comunicação, como educadora acredito que a relação que terei com os meus alunos é poderosa: ela pode sujeita-los, mas também pode emancipa-los. Desta forma é essencial compreender as relações de poder que envolve o processo educativo e ter consciência da influencia que exercemos sobre os nossos alunos e vice-versa.
Educação em massa
A educação em massa é um desafio se o objetivo é desenvolver um trabalho que envolva as várias dimensões educativas e, consequentemente, falha. Os alunos são distintos em muitos aspectos e possuem seus próprios modos de aprendizagem, portanto colocá-los todos em um mesmo ambiente educacional e passar de uma mesma maneira o conteúdo não é a melhor atitude perante uma sala de aula.
Essa realidade está cada vez mais presente no âmbito educacional e o papel do educador que é apresentar diferentes estratégias ao expor os conteúdos está cada vez mais distante de ser realizada pelo fato de não atingir a todos os alunos presentes na mesma sala de aula, que são inúmeros, e apenas um grupo, assim diferentes modos de atuação dos professores como discussões, trabalhos em grupo, teatro, visitas a museu, são necessárias e devem fazer parte do planejamento.
A dificuldade no aprendizado por esse motivo pode corromper a inteligência dos alunos e com isso a proposta ideal seria deixar o aluno escolher a área de interesse específico, desse modo teriam o conhecimento com o prazer de aprender o que lhe interessa desde os primeiros anos na escola.