quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Comentários sobre a releitura de "O mestre ignorante"

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25 comentários:

  1. O livro “O Mestre Ignorante” de Jacques Rancière traz questões muito delicadas a respeito da educação, e sua construção social. Como a idéia de que não é necessário um mestre explicador para que o aluno chegue ao conhecimento, e coloca à baixo o principio de hierarquização das inteligências. Assim propõe que mestre e aluno, partem do mesmo ponto, e por isso, um não está subordinado à inteligência do outro. O proposto por Rancière, a partir dos estudos feitos sobre Joseph Jacotot, é a emancipação intelectual.
    É papel do professor estimular o aluno para que ele chegue ao conhecimento por suas próprias motivações, e não acabe na mera reprodução maquinal do que lhe é "ensinado". A obra destaca que a repetição não é conhecimento, assim como a inculcação também não é. A figura do professor se baseia naquele que media o aprendizado, e é capaz de levar o aluno a novos conhecimentos. Isso implica em abandonar velhas tradições, como o método único, a superioridade intelectual do professor em relação ao aluno, e a idéia de que o aluno é vazio e está na escola apenas para aprender e absorver todas as informações disponíveis.
    Como professores, temos que nos conscientizar que nosso trabalho é fundamental no desenvolvimento dos alunos em todas as direções. Este trabalho, não é educar para a repetição, mas para a reflexão e motivações próprias do aluno. A emancipação intelectual está no sentimento do aluno em ser capaz de alcançar novos desafios mesmo sem a proteção do professor dizendo o que está certo ou errado, é capacitar o aluno para que ele possa distinguir por si só o que lhe será favorável, sem interferir na liberdade dos demais.

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  2. Tanto a leitura quanto a releitura desse livro me faz pensar muito a respeito às ideias de educação que criamos e acreditamos. Pensar na igualdade de inteligências e na falta de necessidade de um mestre explicador assusta em um primeiro momento. Mas, ao relacionar com alguns dos textos já lidos nessa disciplina, fica evidente que cada aluno carrega em si a vontade e a capacidade de aprender. Assim, a ideia de Ranciere torna-se menos assustadora e desafiadora. O mestre consegue ser aquele que guia seus alunos para a liberdade do conhecimento, e não aquele que julga ter uma superioridade intelectual, com capacidade de tirar seus alunos da penumbra que é a inferioridade de inteligência e a falta de sabedoria.

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  3. Tenho muito mais questões do que comentários. Penso que posso ler o texto com um olhar filosófico ou com um olhar romântico, e essa linha é tênue e me pareceu perigosa, porque estamos desestabilizando o poder do educador enquanto proprietário do “saber conteudista”.


    Partindo de um olhar reflexivo objetivando a Educação, penso que podemos alcançar no texto uma relação de que o embrutecimento é uma oportunidade (é nossa realidade escolar), e que a emancipação é um “direito de escolha”?


    De que tipo de qualidade falamos nos discursos sobre a Educação? Embrutecedora ou Emancipadora? Ou, podemos pensar em outra?


    Ser livre para aprender é ter um professor que explique-verifique, ou um professor que mostre-oriente?


    A igualdade entre professor e aluno está na equivalência das inteligências ao alcançar o objetivo proposto, ou no progresso e na produção intelectual individual e do grupo?


    Esse livro não se mostrou simples para mim. Mil pensamentos rondam minha mente porque se partir do pressuposto que a inteligência vai além da memorização e alcança um aprendizado na e para a vida, ultrapassando a educação tradicional (método cartesiano), isso implica que as diferenças são inexistentes, porque, qualquer que seja a manifestação da inteligência ela sempre vai apontar resultados.


    Pensamos então: “que educação temos e que educação queremos”. E as outras inteligências? Pensam o quê?


    Se parto da idéia de Emancipação, devo entender que reconheço a igualdade de inteligências, mas preciso também reconhecer as diferenças nos interesses do que aprender? As diferenças nos interesses na aprendizagem podem ser chamadas de fracasso?


    Penso que fracasso seja o “mau resultado” ou algo que não foi alcançado proposto pelo objetivo, mas se a Emancipação postula a produção de conhecimento do aluno a partir de sua própria inteligência como poderíamos medir o fracasso?


    Quisera eu entender e ser uma “Mestre-Ignorante”....

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  4. Rancière diz “A verdade existe por si mesma; ela é o que é e não o que é dito. Dizer depende do homem; mas a verdade não depende.”. Lendo isso, foi possível verificar um certo distanciamento da ideia de verdade presente no texto de Larrosa, no qual o autor sugere que, por meio da personagem porqueiro, a verdade deve ser algo construído por todos nós, por meio do exercício de destruição/reconstrução; isso, segundo a visão de mundo que possuímos e acreditamos.

    Discordo neste ponto, pois acho que os textos não se distanciam, pelo que entendi. Rancière afirma existir uma verdade, mas não se opõe à idéia de que cada um pode interpreta-la à sua maneira. E nisto está também a emancipação, poder significar a realidade da maneira que cada um entende, pensar por si mesmo, e ser capaz deste pensamento.

    Outro tema que achei interessante trazido no capítulo 4 foi o de que “Não há um modelo de educação possível, há somente a educação que existe”. Isso nos alerta à não idealizarmos uma educação que não seja possível, mas sim a partir da educação que temos, e das condições que temos, trabalhar nesta educação.

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  5. Queridos alunos, duvidem de todos os que explicam e é do que é explicável.A verdade vaza, sempre.
    Vocês e suas produções são a prova de que não consigo explicar, no sentido convencional do termo. O que vocês escrevem e comentam sobre os textos que lemos excede o assunto e me alegram o coração.

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  7. Franciele Amaral disse...

    Um mestre que se considera único possuidor do conhecimento ajuda a perpetuar uma certa "paixão da desigualdade" e a dividir a sociedade em sábios e ignorantes, os que conseguiram méritos e os inúteis. Rancière aponta o dedo contra essa "paixão" que domina a ordem política nos países capitalistas, oferecendo, ao mesmo tempo, uma mudança radical de roteiro, em que os papéis da divisão social do trabalho são simplesmente anulados

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  8. A educação passiva que todos nós conhecemos, pois passamos por ela não é a saida para a melhora da educação, um professor que consiga ensinar libertando seus alunos intelectualmente, não deixando que eles aprendam o que quiserem, mais sendo um professor mediador.
    Rancière em seu livro faz essa crítica sobre a massificação da educação, a alienação que a educação vem fazendo. Ele mostra que a emancipação do homem é o primeiro passo para o ensino Universal, que homem precisa se emancipar, se ver como igual intelectual de todos os outros para alcançar o seu aprendizado. A escola faz exatamente o oposto, ela descrimina intelectualmente e implanta a desigualdade.

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  9. Muito interessante o trabalho de "reescrever" o livro. Pudemos fazer várias reflexões. Coloquei-me a pensar se realmente podemos ensinar àquilo que ignoramos, ou se podemos apreender sem que ninguém nos explique. Ao mesmo tempo que concordo, discordo, pois ainda que o explicador não seja um ser humano, pode ser um livro, uma imagem, um poema. A diferença é que nos últimos temos que nos esforçar para entender, não nos é dado tudo "mastigado". Enfim, acho que ainda não tenho uma opinião definida a esse respeito, mas uma coisa é certa: se tal teoria fosse tão absurda, porque o esforço por se fazer esquecido seu idealista?

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  10. A complexidade no educar realmente assusta a todos nós que chegamos até aqui crentes de que sabíamos ao menos a essência do ensinar/aprender. Com a leitura do "Mestre Ignorante", ficou a certeza de que ainda há muito pra aprender e pensar antes de assumir o compromisso de "educar" alguém. Será que esse ofício é passível de certezas? Creio que não. Nunca saberemos quais serão as pessoas que cruzarão nosso caminho e dependerão de nossos ensinamentos, portanto, massificar a educação é o mesmo que anular cada indivíduo que está ali esperando que algo de bom lhe seja entregue. Que possamos então, como Ranciere propôs, dar a oportunidade para que nossos alunos sejam emancipados, assumindo a igualdade intelectual e obtendo o verdadeiro êxito no aprendizado, baseados no respeito mútuo.

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  11. A leitura deste livro me suscitou diversas questões às quais acredito serem relevantes. O Universo acadêmico é conduzido por infindáveis discussões sobre diversas dimensões do conhecimento, especificamente a científica, ou seja, as dimensões lógicas e comprováveis. Embora as ciências humanas se fundamentem em bases científicas tão concretas, estas não se isentam das suscetibilidades a equívocos assim como qualquer produção humana. No livro “O mestre Ignorante” , Jacot faz menção aos mitos pedagógicos, ponto este que me fez refletir sobre as leituras fantasiosas da própria realidade, as quais são responsáveis por criar novos mitos e perpetuar outros antigos. Quando me refiro às infindáveis discussões acadêmicas, faço menção aos conflitos gerados por visões de mundo ortodoxas ou pouco fundamentadas que norteiam tais discussões. Tais debates estão sempre buscando analisar e desconstruir mitos pedagógicos. É irrefutável que muitas conquistas intelectuais só foram possíveis por meio desses debates. Porém, o problema não são as discussões, mas as formas inesgotáveis como as conduzimos. Estamos sempre em busca de discutir o que já foi discutido exacerbadamente. Talvez, o problema seja este. Enquanto despendemos tanta energia no que já foi dito e feito, deixamos de desmistificar tantos outros mitos pedagógicos que nos rodeiam. Será olharmos intimamente a realidade que nos cerca, encontraremos tantos outros mitos intocáveis e preservados por nossa pretensa “ignorância” acadêmica.

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  12. Abrangendo de diversas formas várias concepções e conceitos utilizados na área educacional, posso dizer que esse livro é capaz de romper algumas ideias impostas na nossa sociedade. A abordagem em relação ao uso de um método diferenciado, assim como a postura do mestre frente aos seus alunos, me leva a questionar a ideia de professor-aluno e ensino-aprendizagem. Igualar as inteligencias faz do professor um ser mais humano e acreditar nas capacidades e explorar as vontades dos alunos, faz deles seres maiores.

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  13. penso que o livro trouxe muitos desafios. achei interessante a questao da igualdade de inteligencias, pois no ensino nos ajuda a considerar que ao mesmo tempo todos possuimos as mesmas faculdades, temos experiencias de vida que nos tornam singulares. cabe ao educador considerar essas experiencias e considerar que todos sao iguais.
    a questao do mestre explicador para nos pedagogos mostra que existem diversas formas de aprender e ensinar que nao se resumem à explicaçao do professor.gostei dessa frase: "é discipulo que faz o mestre".penso que ilustra bem que devemos partir sempre dos alunos e nao de nós mesmos e considerar sempre as suas expereiencias.

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  15. Se julgarmos que a Realidade - sondada pelas várias concepções de verdade - seja algo auto-evidente por si mesma, contudo obscurecida por um olhar trêfego da criatura humana, dispõe-se ao nosso alcance a conclusão de que o conhecimento, mesmo que no seu sentido restrito às nossas possibilidades de abarcá-lo, é algo que não se associa com exclusividade aos tidos por eruditos e esclarecidos, e muito menos há a necessidade de o intercâmbio com um deles para que esse mesmo conhecimento seja trescalado.
    O fluir do conhecimento não é retido pelas comportas das posturas humanas, cujo objetivo é selecionar, hierarquizar e, portanto, abalizar aquilo que é tido como verdade. Segundo essa óptica, é-nos permitido avaliar que o processo de aprendizado independe da atuação contumaz de um preceptor.
    É claro que a figura do professor, como autoridade perante a condução do desenvolvimento dos educandos, é de vital importância em nossa estrutura social, e, inclusive, educacional, mas a sua postura frente a esse processo é que pode (e deve) ser questionada.
    Qual o varapau a servir de tutor ao desenvolvimento, mais ou menos retilíneo, de um tenro vegetal, o professor exerce o seu mister a partir do ensejo fundamental de conduzir aqueles que estão sob sua responsabilidade ao fulgor do conhecimento, tornando-os receptivos e, sobretudo, predispostos ao saber, visto que esse último não possui um único amo e que está à disposição de todos aqueles que afinamos o nosso ideal ao objetivo de alcançá-lo.
    O livro “O Mestre Ignorante” nos permite, através de um singular “estudo-de-caso”, avaliarmos essa tese e, através dessa análise, questionarmos algumas concepções, propormos outras e, quem sabe, modificarmos muitas, com o escopo essencial que nos move, que é o anseio por uma Educação mais condizente com as reais necessidades humanas.

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  16. O contexto do livro nos mostra uma visão totalmente diferente do papel do professor na sociedade atual, o de explicador que transmite o conhecimento para aquele que não sabe (aluno), de tal modo que acabam perdendo a curiosidade de buscar a sabedoria por si próprio e, se dúvidas surgirem, já sabem a quem recorrer sem nenhum esforço. Com esse processo, o ambiente escolar torna-se um lugar de competição de inteligências, pois são divididas entre as que sabem e as que não sabem e isso é extremamente ruim para a educação, portanto os mestres devem partir do pressuposto da igualdade de inteligências.

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  17. A leitura do livro reescrito juntamente com a associação de outros textos, me levou a pensar sobre pontos que talvez tenham passados despercebidos na primeira leitura.
    É chocante pensarmos que a educação com a qual nós convivemos inculca na cabeça das pessoas que alguns são superiores e outros inferiores. Sendo a escola uma etapa fundamental na vida das pessoas e que lhes agrega tantas coisas, como podemos, nós professores, marcarmos tantas vidas lhes impondo a inferioridade seguida pela vida sem perspectivas e vontade de melhorar?
    Pois é isso o que a desigualdade de inteligências trás as pessoas, o pensamento de ser inferior e não conseguir mudar tal situação, pois tudo esta dado assim e continuará deste modo.
    Se as pessoas soubessem o poder que cada uma carrega dentro de si, elas se sentiriam mais motivadas a procurar, estudar, aprender e melhorar.
    Este deve ser o nosso ideal de educação, aquela que busque mostrar aos alunos que ninguém sabe tudo, mas que todos podem chegar ao conhecimento, qualquer conhecimento; tudo o que se quer é possível de se alcançar.

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  18. Senti, no exercício de reescritura do livro, uma oportunidade de reflexão muito bacana. Fazê-lo, para mim, foi a constatação de muito do que viemos lendo até o momento. Encontrei muita liberdade e permissão.
    Entendi que a igualdade de inteligências é a igualdade de capacidades, as quais todos possuímos. No entanto, essa igualdade, para mim, carrega um MAS imenso: Todos temos capacidades, MAS todos sabemos disso? Conhecemo-as? Temos a oportunidade de usá-las? Exercitamo-as?
    Há várias questões desiguais entre nossas frágeis semelhanças. O mundo que carregamos em nossas mentes promove encontros, mas muitos desencontros também.
    O embrutecimento, na educação atual, é muito mais cômodo. A emancipação abraça aqueles que não se contentam com as respostam, porque antes investigam as perguntas. Desta maneira, acredito que as respostas (assim como as verdades) não são únicas, tampouco são sinônimos de "solução". É preciso refletir, ler, escrever e reescrever histórias, assim como fizemos aqui...

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  19. Antes da proposta, nunca havia lido a obra "O mestre ignorante". Após a leitura da reescrita, pude compreender melhor o que li. Compartilhar reflexões nos faz ir além dos pensamentos iniciais, principalmente neste caso. Se meu primeiro contato com a leitura do livro foi superficial, a reescrita me leva além desta superfície, trazendo à luz reflexões valiosas para mim.
    Se o título causa certo estranhamento (mestre ignorante, como é possível?), seu conteúdo abrange grandes reflexões.

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  20. Ler pela primeira vez o livro “O mestre Ignorante” foi um exercício bem diferente, e, se posso dizer, emancipador para mim. As ideias que ele trouxe, totalmente diferentes das que eu estava acostumada, me abriram os olhos para outros modos de se dar a educação. Por nascermos e já fazermos parte de um sistema, de certa forma, outorgado, muitas vezes não nos permitimos perceber outros modos de se dar uma relação.
    Poder fazer um segundo exercício com o livro foi ainda mais proveitoso. Perceber que Jacotot pôde ensinar um grupo de indivíduos sem uma explicação direta me fez repensar o modo como vemos a educação. Tal ensinamento foi possível, segundo o autor, pelo fato de todos nós possuirmos um mesmo potencial e inteligência. Por mais que cada um desenvolva a inteligência que suas circunstâncias exigem, todos somos igualmente “capacitados”. E apreendemos por nós mesmos, vendo e comparando o que vemos.
    Acredito que repensar e enxergar essa relação da aprendizagem de um igual para outro igual(igualando as inteligências) nos capacita a acreditar nas capacidades dos alunos, levando-os a darem maior importância a suas experiências, utilizando-as na busca e concretização do saber e da emancipação.

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  21. A ideia de que todos possuem igual inteligência e que cada um desenvolve sua inteligência de acordo com a sua vontade, disposição, esforço é muito interessante, só acho que não devemos nos esquecer do ambiente e das condições oferecidas aos alunos(dentro e fora da escola), que geralmente são muito diferentes e, na minha opinião, possuem uma influência fortíssima no processo de “desenvolvimento” da inteligência.
    Outro aspecto que me chamou a atenção foi a contraposição das ideias de verdade do texto do Rancière e a do Larossa, e tendo a concordar com o segundo, de que a verdade é construída por cada indivíduo, e não um fato dado.

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  22. O livro “O Mestre Ignorante” me fez pensar em como a situação de alguns professores da escola regular atual pensam sobre sua própria educação, o Embrutecimento – descrito no livro -, infelizmente esses professores se consideram os donos do conhecimento, gerando a hierarquia e a desigualdade dentro de sua sala. O que Jacotot propõe é exatamente o contrário e aquilo que nós, futuros educadores, devemos levar adiante, educadores que aprendam e ensinam para e com os alunos, que façamos a emancipação destes alunos, não apenas para um futuro melhor destes, mas para que eles aprendam a pensar, refletir e entender que não existe um melhor e um pior, e que na verdade todos podem alcançar seus objetivos. Ler, escrever e contar não é suficiente, é preciso haver pensadores, e para que isso aconteça depende unicamente das atitudes dos educadores dentro da sala de aula, a nós futuros mestres-ignorantes, e por que não? Afinal, penso que não queremos fazer com que nossos alunos decorem os conteúdos, não queremos simplesmente transmitir o conhecimento a eles, quero fazer com que eles produzam conhecimentos.

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  23. Ler novamente o livro "O Mestre ignorante" e fazer uma reescrita do mesmo, me permitiu consolidar ainda mais algumas construções que venho fazendo durante as aulas. Em minha primeira leitura, a ideia de que o sujeito não precisa de um professor para aprender, mexeu com as minhas convicções e num primeiro momento descordei totalmente do autor. Entretanto após nossas discussões penso que, realmente o professor é só um guia e não a fonte do saber. Este tem que acontecer de maneira espontânea e prazerosa, ser desenvolvido pela vontade do próprio sujeito, para que assim ganhe significado para o mesmo.

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  24. Ler o Mestre Ignorante é sempre uma renovação!
    Parece que nossa esperança de abalar as estruturas tão concretas e impostas cresce.
    Parece que a esperança que tínhamos na escola, quando pensávamos diante de uma situação negativa: "isso um dia vai mudar" volta com tudo.
    É um estimulante para continuar estudando e alimentar o desejo de ir além, de andar na contramão de fato, e não ficar só sonhando com a mudança.
    Se pensarmos que na época de Jacotot o diálogo, a liberdade em relação a tudo era mais complicada, atualmente, em que conquistamos um mínimo de voz possível, não conseguimos aplicar tais "métodos", fica difícil de enxergar a luz no fim do túnel. Temos que aproveitar as oportunidades de mudança e mudar as estruturas.

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