quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Da resistência a Recusa

Como disse em aula, este texto é um tapa na cara.
Mas um tapa na cara daqueles que colocam a gente no lugar.
Depois da aula eu fiquei pensando, e refletindo com uma amiga inclusive, sobre algumas concepções de feminismo...
Agora eu reli um pedaço do texto que tinha ficado na minha cabeça e de repente ele me pareceu absolutamente claro.
Da resistência a recusa. Fiquei pensando nisso para a questão do feminismo. Uma parte do feminismmo sempre fez o discurso da resistência - resistir aos homens, ao sexo, a pornografia, à todas as posibilidades de amor que não fossem a monogamia, ao seu próprio corpo. O "canto da sereia" de uma libertação que se faz em apagar o poder de qualquer corpo que se coloque como masculino, de se apagar a dominação por neutralizar algo que jamais será neutro, por simplesmente acabar com qualquer relação sincera e sensível com o outro(os que nascem ou querem er homens). Disso para um absoulto "apartheid" sexual, em que homens e mulheres vivam isolados e só se juntem para se reproduzir, ou uma inversão de dominação, em que etaremos nós mulheres como opresoras, estaremos a um passo nessa lógica.
A recusa - a recusa dessa representação de feminino e de masculino, se refazer e se travestir(lindo termo), e assim transformar as relações de dominação em relações de poder somente, sem apagar as diferenças e sem pressupor isso... a recusa do que somos, exatamente isso, para criar o novo. Recusar os padrões sobre o que é ser mulher, recusar os saberes que fixam esse padrão, recusar o que sentimos para poder repensar e travestir esse sentimentos, isso é transformar algo. Se o poder se dá de maneira positiva, na tagarelice, criemos novos discursos, para que coexistam todos os discursos, criemos uma nova pornografia, uma forma de lidar com a sexualidade, com o corpo, com os homens....
E nisso, criamos as tais práticas de liberdade.

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