segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Verdades, Criatividades, Sentidos

O texto de Geraldi traz algumas coisas interessantes para debate.
Para mim, o ponto marcante nas reflexões sobre educação é a questão do "aprender a aprender", tão minada na nossa escola hoje. No texto ele fala da necessidade de se formular a pergunta e então buscar a resposta, e não de se tratar a disciplina escolar como verdade, e eu coloco em termos de Paulo Freire, de se criar, criar o conhecimento, criar a nossa visão de mundo. No momento em que perdemos o espaço da criação, perdemos o conhecimento - alunos e professores.
Cabe a nós, enquanto professores, nas brechas que encontrarmos, abrir espaço para os alunos criarem, e para nós mesmos criarmos.
Interessante também o ponto que Geraldi coloca a questão do conhecimento científico, de que nossa sociedade está buscando novamente a volta aos conhecimentos ditos populares e não científicos como uma parte também importante. É exatamente isso que vi no movimento pela humanização do parto - esse retorno e revalorização dos conhecimentos de outras naturezas tem sido fundamental, pois a ciência ainda é o conhecimento do morto, do dividido, do recortado, e sozinha na sua racionalidade e tecnocracia não consegue entender a vida enquanto acontecimento quente, que floresce, que inspira, que movimenta, que sente. Sua objetividade excessiva e artificial nos mata enquanto seres humanos, e a escola sente isso de maneira ainda mais forte, já que há, na transformação da ciência em disciplina escolar, uma reafirmação enquanto verdade absoluta.

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