Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."
um prolongamento das aulas da disciplina EP153 do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação - UNICAMP
domingo, 28 de agosto de 2011
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Lendo o mundo
Voltei à concepção de leitura de Paulo Freire; ler um texto, um livro, uma foto, uma paisagem, um vento no rosto...
É triste pensar no quanto o espaço da sala de aula, enquanto único espaço educativo, nos limita a leitura, seu quadrado branco, seu quadro negro, de tudo o que é belo e delicioso nesse mundo...O mundo lá fora, o sol, a terra, as pessoas, não são coisas lindas para se ler também? Nesse confinamento constante, físico e cerebral, confinamento de se bitolar só no cognitivo, e esquecermos tudo o mais que precisa ser lido, as relações entre nós, o toque, o abraço...Existe muito mais a se ler que deveria ser lição do que livros e contas...
Aquele que ama o mundo dará para ler muito mais do que a (deliciosa, sim, mas não única) viagem da palavra escrita. E aquele que ama aos seus alunos, também pedirá aos alunos que lhe passem suas lições, suas leituras, seu mundo, no sentido mais rico de educador-educando e educando-educador...
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Well, well, well, Gabriel...
Por que você é flamengo
E meu pai botafogo?
O que significa
"impávido colosso"?
Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme?
Por que os dentes caem?
Por onde os filhos saem?
Por que os dedos murcham
Quando estou no banho?
Por que as ruas enchem
Quando está chovendo?
Quanto é mil trilhões
Vezes infinito?
Quem é Jesus Cristo?
Onde estão meus primos?
Well, well, well
Gabriel...
Well, Well, Well, Well...
Por que o fogo queima?
Por que a lua é branca?
Por que a terra roda?
Por que deitar agora?
Por que as cobras matam?
Por que o vidro embaça?
Por que você se pinta?
Por que o tempo passa?
Por que que a gente espirra?
Por que as unhas crescem?
Por que o sangue corre?
Por que que a gente morre?
Do que é feita a nuvem?
Do que é feita a neve?
Como é que se escreve
Re...vèi...llon
Well, Well, Well
Gabriel...(4x)
Realidade e a Verdade
Significado de Realidades.f. Existência efetiva: a realidade do mundo exterior.
Coisa real: nossas esperanças tornaram-se realidade.Significado de Verdade
s.f. Identidade de uma representação com a realidade representada; exatidão, autenticidade: verdade histórica.
O que é certo, verdadeiro: quer saber a verdade.
Princípio certo, constante; axioma: verdade matemática.
Boa-fé; sinceridade: falar com verdade.
Partindo do significado dessas duas palavras, e tomando como verdade, o fato de que a verdade pode sim ser diferente da realidade, já que para nós, verdade são as crenças, os princípios, a representação da realidade de acordo com um ponto de vista, e que a realidade é o que de fato aconteceu, sem influência de pontos de vista e que não pode ser mudado, apartir da leitura do texto pudemos pensar que, na sociedade da informação e da comunicação generalizada já não há apenas uma verdade, ou uma realidade. E isso, apesar de ser bom, pois as pessoas podem se libertar da verdade do poder, também é ruim, pois se abrem inúmeros caminhos para a falsificação e manipulação, fazendo com que as pessoas comecem a descrer de tudo, perdendo seu solo.
No entanto apesar de nessa sociedade a mídia ter um forte papel manipulador e em alguns casos até mesmo de calar a voz dos educadores, pois vem assumindo um papel fortemente educativo, nos deparamos com a declaração do autor, de que é também através da escola que realidades e interpretações dominantes são repassados e é juntamente com os meios de comunicação de massa, lugares de produção, de reprodução, de crítica e dissolução que se forma uma verdade. Portanto, educadores, são servidores ( como o filósofo ) de Agamenon, pois reconhecem sua verdade como a verdade e sua realidade como a realidade, mas ás vezes tomam para si pensamentos como os do porqueiro que em hora ou outra duvida e suspeita que não seja verdadeira a verdade de Agamenon e nem real sua realidade.
Mais do que seres acomodados, assim como os servidores de Agamenon, os educadores devem ser seguidores do porqueiro, pois só assim haverá indagação, problematização, questionamento da verdade dominante, do poder da verdade, que por fim gerará um aprender e uma verdadeira busca pela verdade formará para a independência e criticidade.
Grupo:
Aline Rocatto
Daniela Damasceno
Ellen Ceccon
Joyce de Pontes
Luisa Corat
Thais Palhares
A Relatividade da Verdade e da Educação
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
"A verdade pode ser como o reflexo de um prisma, dependendo do ângulo enxergamos uma cor"
Síntese das ideias do grupo sobre Agamenon e seu porqueiro
Um dos aspectos principais do texto “Agamenon e seu porqueiro” de Jorge Larrosa é o caráter múltiplo da verdade e da realidade. Carr, em seu livro “Que é a História?”, descreve a história como uma montanha, e os historiadores como observadores. Dependendo do ponto de vista do observador, amontanha tem uma forma, uma cor, enfim, características diferentes. Mas ninguém pode olhar a montanha e descrever um elefante. Todo observador descreve a montanha da maneira que ele a vê. Essa comparação pode ser feita também em relação à realidade e a verdade, pois estas podem ser vistas sob diversos pontos de vista, de acordo com o contexto histórico-social e tudo mais que possa influenciar a maneira do indivíduo encarar o mundo em que ele está inserido. Porém é preciso ter cuidado ao perceber a realidade/verdade como multifacetadas e as fragmentarmos a tal ponto de pensarmos ser possuidores de um desses fragmentos, e que somente este fragmento que nos pertence está sob nossa responsabilidade.
É aí então que precisamos pensar o papel da escola e da educação. O professor, que muitas vezes é encarado como detentor da verdade, como se este tivesse poder sobre o conhecimento, tem papel fundamental de desconstruir estas ideias. Ele não deve pedir aos seus alunos uma sujeição cega a seus preceitos, seu papel não é transmitir um pacote de verdades absolutas e inquestionáveis. Por outro lado, a educação, mediada pelo professor, deve fornecer aos alunos as ferramentas necessárias para que estes possam desenvolver sua criticidade, para perceber os limites da realidade e assim distinguir o que é somente uma das faces da verdade e o que é uma “manipulação” disfarçada de verdade. A escola deve incentivar os alunos a buscar por conhecimentos que os auxiliem na construção da base necessária para que eles possam questionar e compreender por si próprios a realidade em que vivem, e mais, para que possam enxergar alternativas de modificar essa realidade – não a realidade individual, mas aquela realidade mais ampla em que eles estão inseridos.
Camille Lanza de Paula.
Janice Sança
Hugo Santos
Nathália Pattenon
"Entre o infinito do ideal e o concreto do real há um abismo." (G. W. F. Hegel)
A Mídia
“De onde vem a realidade?” (P.157)
“Aquele que controla o campo de batalha, controla a história.” (Hideo Kojima)
Desta forma, em nossa discussão concluímos que aquele que controla o campo de batalha em nossa sociedade trata-se da MÍDIA. Logo a musica do Teatro Mágico ilustra exatamente esta relação.
"[...] Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder e o poder é a informação.Qualquer palavra satisfaz. [...]" (O Teatro Mágico - Xanel Nº5)
Giovana Rocha Murilo RA: 102440
Janaina Canizelli Gonçalez RA: 105108
Pâmela Roberta Ramelo 108354
Poliana Murer Cavalcante Doi 103808
Cristiane Galdino 101901
Rafaela Aline de Freitas 103878
Educar para a verdade
Verdade ou Desafio?
Sobre o texto: AGAMENON E SEU PORQUEIRO
IN: LARROSA. J. Pedagogia Profana:danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
A existência de uma única realidade e uma única verdade válidas para todos, colocada em questão no texto, nos leva a pensar sobre a construção da verdade por aqueles que detêm o poder e na transmissão dessa verdade por diferentes vias, inclusive dentro da escola.
A organização da educação hoje está em conformidade com a idéia da única verdade, em que muitos professores servem como meio de transmissão daquilo que as autoridades desejam, assumindo uma postura de autoridade, detentor de todo conhecimento, tendo certo receio dos possíveis questionamentos dos alunos, pois em sua formação também foi passado para ele uma única verdade.
Esta postura normalmente assumida pelos professores dentro da sala de aula empobrece o processo de ensino e aprendizagem, na medida em que a realidade e a verdade dos alunos são desconsideradas, criando um distanciamento entre professor e aluno e entre aluno e conhecimento.
A proposta do texto de desconstruir essa realidade e verdade únicas incentiva o professor para uma postura desafiadora, mais humanizada, que promova uma relação de ensino e aprendizagem mútua, na qual professor sai do seu papel de autoridade e o aluno sai de seu papel de propriedade, os sujeitos são formados mais críticos e construtores de opiniões.
Priscila Santos da Cruz RA: 105553
Jéssica Andressa de Souza Xavier RA: 105114
Camila Fernandes Trombela RA: 106601
Livia Maria Ninci Martins RA: 103089
terça-feira, 23 de agosto de 2011
O APÓLOGO SOBRE A VERDADE
A realidade é como uma caça diária na qual, conscientemente ou não, sempre haverá aqueles que lutam por encontrar presas frágeis. Desta maneira, em um mundo diverso como esse - repleto de presas e predadores - é por meio da retórica que a parcela predadora da mídia, bem como dos educadores, almejam por capturar suas presas, inculcando-lhes verdades, impedindo-lhes de encontrá-las por si mesmas. No entanto, há, também, predadores do bem, dispostos a provocar uma caça sadia, na qual cada um tem a possibilidade de encontrar as perguntas que se adequem às realidades de suas verdades.