domingo, 14 de agosto de 2011

Pensamentos sobre o texto “Sobre a lição”

Compartilho da idéia do autor que a apropriação da palavra por si só, ou de qualquer texto como verdade, não é um saber, mas uma reprodução do que já foi dito.
No esforço que se faz para se manter num determinado “grupo” e jamais provocar questões que possam servir de meio excludente (por não compartilhar das mesmas idéias), foi custoso compreender a leitura deste texto visto que amiúde desejamos a homogeneidade desses pensamentos, seja nos impondo ou sendo coagidos.
No jogo proposto pelo autor “do ensinar e do aprender na amizade e na liberdade” penso que a atenção aos dispositivos ligados as experiências subjetivas e coletivas, numa relação respectiva de liberdade e amizade norteiem as questões sobre a aprendizagem.  A amizade me parece estar posta no compartilhar dos pensamentos para aqueles que pensam; compartilhar questões com aqueles que questionam e duvidar com os que duvidam, porque a inquietude é infinita, e a afinidade e o respeito são necessários.
Penso que talvez uma das regras para esse jogo se deve à verdade de que o professor só pode oferecer em benefício alheio o que deveras possui, e a recompensa por isso, no decorrer do jogo, estaria posto pela apropriação que o aluno faz do exercício da leitura e de uma relação de parceria instável e questionadora com os textos e com a vida.
Desprover-se de todo e qualquer pré-conceito e colocar-se em liberdade de ver, sentir, dizer, pensar....algo novo, sem paradigmas ou estereótipos. Mover-se da área de conforto para um conflito de muitos pensamentos, e, refletir. Penso que a contemplação do texto deve vir acompanhada de pensamentos autônomos, deixando livre o trânsito das palavras escritas e faladas num exercício de desapropriação de velhas idéias, inclusive das próprias criações.
...re-criar, re-viver, re-construir, re-estabelecer, re-...re-....re-....sempre!

3 comentários:

  1. Não havia percebido a questão da reprodução até você a mencionar Poliana. Acredito que a escolha de reproduzir ou não é do professor, e nós como futuros pedagogos devemos fazer esta escolha agora.

    Sobre a coletividade, achei muito interessante a dimensão que o autor toma o trabalho coletivo como promotor de novas experiências. Isso traduz muito do que podemos expor nas disciplinas que nos permitem dividir vivências e opiniões.

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  2. Gostei e compartilho desta sua frase "penso que a atenção aos dispositivos ligados as experiências subjetivas e coletivas, numa relação respectiva de liberdade e amizade norteiem as questões sobre a aprendizagem."
    Acho interessante o quanto estamos unidos com o grupo, e como isso realmente faz parte de nossa aprendizagem.

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