Comparando as três fotos, percebemos que elas ilustram situações sociais e possibilidades de aprendizado distintas. No caso da primeira foto, as crianças estão em pé de igualdade, e essa imagem possibilita a reflexão de que aquele ambiente foi pensado e padronizado com o intuito de oferecer maior liberdade e possibilidade de aprendizado, posto que as crianças se mostram livres em sua individualidade para explorar e interagir. A segunda foto também reflete uma situação de igualdade entre os indivíduos, posto que todos estão dormindo juntos numa esteira. Sendo assim, a interação mostra-se diferente, de modo que o sentimento de coletividade está mais delineado do que na situação primeira. Nesse sentido, percebemos uma realidade educacional talvez mais preocupada e centrada na questão da coletividade. Já a terceira foto, nos mostra uma realidade social totalmente distinta. A criança, além de não estar em um ambiente propício de estudo, é responsável por cuidar das duas crianças que dormem embaixo de sua mesa. Portanto, a responsabilidade se mostra como um peso recaído sobre a menina não favorecendo, por sua vez, sua aprendizagem.
Ao refletirmos sobre os três contextos, pensamos que as escolas não precisam seguir o modelo padrão ocidental, pois a padronização acaba por não trabalhar a diversidade existente entre as situações sociais dos indivíduos presentes na escola e, por conseguinte, não traz a reflexão acerca da sociedade. Pensamos, portanto, que a educação não deve ignorar as situações de precariedade social, devendo se utilizar dessas situações como mote para promover espaços e materiais profícuos para aprendizagem. Sendo assim, as desigualdades devem, sim, estar atreladas ao processo de construção de projetos pedagógicos visando refletir a sociedade no ambiente educacional, de modo que não sejam motivo para gerar mais exclusão.
Por:
Anna Cláudia Sales Varani
Josiane Viana Nonato
Mirela Garcia Reis
Pamela Roberta Ramelo
Vivian Esteves
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