terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sobre a lição e suas interpretações...


O texto de Jorge Larossa me trouxe inúmeros novos pensamentos e reflexões sobre tudo que li até hoje. Certos livros, por serem obrigatórios na vida escolar, apenas por levarem essa designação "leitura obrigatória", já me deixavam com um desânimo imenso antes de lê-los. Mas agora meus sentimentos mudaram...A leitura, a meu ver, possibilita-nos inúmeras interpretações, abre-nos para um mundo múltiplo,infinito, convida-nos à uma comunidade diversificada de trechos e anseios, movimenta-nos à uma pluralidade ímpar...Para isso, é necessário que tenhamos disposição para enfrentá-lo, coragem para pensar centenas de pensamentos, mil expressões, milhares de carcteres, já que sem essa "mútua entrega", como Larossa coloca em seu texto, não existe as trocas reais entre leitor e leitura. Nesse contexto, lembrei-me, assim que fiz a leitura (com outros olhos, confesso) de uma parte de um poema de Cecília Meireles, que convida-nos a recriarmos nossas histórias...

Reinvenção

A vida só é possível reinventada.

Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas...

Ah! Tudo bolhas que vem de fundas piscinas de ilusionismo... - mais nada.

Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada.



5 comentários:

  1. De acordo com o texto de Larrosa, há interação quando lemos um texto. Mas como você disse, fomos obrigados a ler livros. E ainda somos. Que relação proveitosa pode existir na obrigatoriedade? Penso que muitas vezes não há essa interação, mas apenas lemos o que foi escrito, mas não realmente o que foi dito.

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  2. Realmente Lívia, quando as leituras são impostas temos o peso de carregá-las de qualquer maneira, para afzer um prova sobre, prestar vestibular.. Isso realmente é enfadonho e, assim, não absorvemos realmente o que está lá.

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  3. Puxa....que legal sua observação. O que me aproximou mais ainda do seu comentário foi sua percepção sobre a "leitura obrigatória", que nos coloca na defesa de algo que não se quer, mas que a obrigação nos impõe, quase sempre, sem prazer. E depois, descobrir quão prazeroso e fecundo é o ato da leitura...isso "não tem preço".

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  4. Concordo com que você disse, Fran. Acredito que essa 'obrigação' impede, muitas vezes, que nos entreguemos ao texto. Tira a possibilidade de realizar essa 'mútua entrega', limitando a leitura a uma simples tarefa, que por sua vez não permite a abertura desse mundo múltiplo e infinito para nós!

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  5. Compartilho do mesmo pensamento Fran. Quando lia os livros para escola já colocava um ódio pela obrigação. Sendo que alguns desses livros adoro hoje e na época não consegui ler. Acredito também que cada vez que lemos um livro temos uma visão diferenciada dele, já que unimos nossas experiências à nossa visão do livro.

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