terça-feira, 16 de agosto de 2011

Eu, Você, o Mundo e um balão numa lição.



Ler e escrever é aprender; Você aprende para, de alguma forma, poder ensinar. Então, aprender é uma lição. E, para mim, Apre(e)nder é como encher um balão...
Às vezes, você vai roubar o máximo de ar que puder até sentir o peito inflar, e vai soltar esse ar talvez com a mesma - ou mais- intensidade que usou para roubá-lo. Você sabe que o ar está ali porque seu balão foi preenchido, mas ainda não é o suficiente para ele. A brincadeira começa... De pouco em pouco, você rouba um pouquinho do Mundo pra dentro de você, e então sopra para dentro do balão de tal forma que ele fique cheio. Se encher demais, ele estoura; Se encher de menos, ele não "voa".
Encher um balão é uma lição. Nunca haverá ar puro, porque o ar circula por milhões de narizes, pulmões, plantas e algas dos mares no mundo todo. Então, QUANTO de você, de mim, e das nuvens cinzas de nossa civilização está viajando por aí? A verdade é: Misturamo-nos, porém... moldamo-nos. Um balão é um pedaço colorido do mundo que você criou com aquilo que esCOLHEU dele, e com aquilo que abriga em si mesmo. Um balão é um pouco de sua personalidade oculta voando por aí. Se em um simples balão cabe tudo isso, que dirá nas palavras?! Lendo, conheço um pouco de seu balão e, escrevendo, apresento-lhe um pouquinho do meu que, hoje, está azul - porque decidi brincar com o Céu. Quis fazer isso porque estou com preguiça, e não quero ter muito trabalho para voar, então, fica por conta do Vento me levar por onde decidir soprar.
E o seu? Quer me contar?

4 comentários:

  1. Simplesmente achei muito perfeito e coerente a analogia com o "encher o balão". Realmente, essa mistura....o encher muito e o encher pouco... parece revelar algumas questões que eu sinto. A imagem que foi escolhida também foi bem sugestiva. milhares de balões carregando uma casa, um lar. Ou seja, pensando nestas observações... tenho milhares de balões carregando minha base, minha essência, meu lar.

    Conheci seu balão azul, e ofereço o meu lilás - porque decidi me permiti ver algo que sempre escondi e isso trouxe-me paz, por mais estranho que pareça.

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  2. Adorei seu texto! Lhe ofereço meu balão que também é azul. Talvez seja o reflexo do Céu, por onde seu balão viaja, no mar, por onde o meu nada entre os corais!

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  3. Muito bem escrito e ilustrativo seu texto Clau! Também lhe ofereço o meu balão. E acho que o mais interessante é que nosso balão não corre o risco de estourar. Ele se enche cada vez mais, e se correr o risco de estourar inventamos outro, mudamos de cor e começamos tudo mais uma vez.

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  4. Adorei receber os balões de vocês! Agora eu já tenho mais essências para encher novos balões e colorir ainda mais essa casa de aprendizagem, repleta de lições! E a melhor parte é essa que você lembrou muito bem, Gi... se estourar, é só estufar o peito, soprar mais algumas vezes e começar tudo de novo.

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