terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sobre a Lição: uma interpretação



O exercício de realizar um trabalho a partir da leitura de Larrosa, no meu entendimento, vai ao encontro do que o autor narrou durante todo o texto. Cada um à sua maneira, permitiu-se se envolver, se apropriar do texto. Depois dessa entrega, tivemos a liberdade de interpretá-lo. Foi possível, com essa troca, reelaboramos um novo pensar, por sua vez singular. Nas palavras do autor, ‘ensinar a ler é produzir esse deixar escrever, a possibilidade de novas palavras, de palavras não pré-escritas’. Ou seja, o trabalho da leitura é esse processo de re-significação, que não tem fim. É interesse como, a partir de algo semelhante, várias possibilidades de interpretações se fazem. E nesse jogo de ler-escrever-ler-escrever(...) a nossa mente não se limita ao que já foi dado, mas o multiplica.

Eu escolhi essa imagem justamente por mostrar o poder que a leitura tem. Um texto não nos dá algo pronto, fixado, mas permite que imaginemos o que está sendo relatado. Cada um na sua subjetividade cria uma nova leitura. Isso vai em contraposição à TV, como é colocado na imagem. Nesse caso a criação fica limitada, por não ser oferecido ao espectador a chance dele usar sua criatividade.

6 comentários:

  1. Pelo que você escreveu "a nossa mente não se limita ao que já foi dado, mas o multiplica" me fez pensar que aquilo que a leitura produz em nós, é a possibilidade de podermos produzir para o mundo.

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  2. Sim, concordo. Essa é a troca da leitura-leitor, que possibilita esse ler-escrever-ler(...) sem fim. Quando produzimos para o mundo estamos reinventamos conceitos, re-significando pensamentos!

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  3. Pensando na imagem que a Daniele postou acredito que ilustra muito bem o texto, afinal na medida em que a TV já passa as imagens todas prontas reforça uma falta de criatividade nas pessoas em geral, alguns pensam que é melhor assistir o filme do que ler o livro, quando na verdade deixando de ler o livro você acaba perdendo toda a magia da sua imaginação e criatividade, por isso é importantíssimo o estímulo a leitura, pois a televisão não deixa de ser um canal que transmite mensagens, mas eu penso que os livros deveriam vir, para serem vividos com muito mais intensidade.

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  4. Dani, adorei o texto e a imagem. O engraçado é que isso é bem mais verídico do que imaginamos. Façamos um teste. Por volta das 9 da noite comece a ler um livro do gênero que você gosta, depois, quando o sono começar, olhe para o relógio e verá que o tempo passou rápido, que você devorou uma parte do livro e vai dormir refletindo sobre a experiência que teve, mesmo que inconsciente. No segundo dia, por volta das 9 da noite ligue a tv na globo e assista Insensato coração, depois, quando começar a dar sono, olhe no relógio e perceba quanto tempo você perdeu,depois, quando resolver dormir, verá que irá pra cama sem pensar em nada.. nada mesmo. Hahahahahha.. Zueira (Insensato coração é doze, mas o Leo é bonitinho) hahahaha Bjs no coração.

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  5. Muito bem pensando, a partir de um livro o que podemos imaginar vai além do que já enxergamos pronto em uma televisão. O poder de criar cenários, cores e cada um individualmente ver formas que muitas vezes diferenciam muito do outro mostra até onde nossa imaginação pode chegar!

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  6. Complementando o que a Mayara apresentou: Isso acontece muito com os filmes feitos a partir de livros, já perceberam? Muitas vezes nos frutamos ao nos deparar com a interpretsção feita por um determinado diretor em relação a forma como foi apresentada e representada a história, pois imaginamos essa história sendo passada de uma maneira diferente, conforme o nosso imaginário. Isso demonstra ainda mais o poder da leitura: o de criar a possibilidade de haver várias histórias, cada qual no imaginário de cada um, apesar de só haver uma, né!?

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