segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sobre "Agamenon e seu Porqueiro"

Larrosa coloca em questão a verdade, a realidade e a objetividade. Afirma não existir uma realidade pronta, determinada, mas sim que há variedade de realidades. Mostra o caráter plural da verdade e como muitas vezes somos vencidos por uma única: a do poder.

Quando sabemos que estamos realmente livres? Verdades...realidades...Estamos influenciando e sendo influenciados por questões internas e externas.

Paramos para pensar em nós mesmos, enquanto alunos e futuros professores. Na posição de alunos, aprendizes, vemos que é necessário colocar em dúvida o poder da verdade. Isto implica em resignificar todas as informações que nos são passadas, averiguar, destrinchar e só então deixar-nos convencer, ou seja, transformar a informação em conhecimento.

Enquanto professores, devemos nos perguntar: “Quem educamos?”, e “Para quê educamos?”. Educamos para a vida, para o mundo, para a sociedade? Para quê? Qual seria, então, a finalidade da educação?

Assim, vemos como desafio do educador ser discípulo do ‘porqueiro’. A grande tarefa está em sair da ‘zona de conforto’ e possibilitar que seus alunos também exercitem esse lado questionador e desconfiado.

Lembrando as aulas de antropologia: Sem uma história única. Lembram daquele vídeo? Da história única? Perceber questões como essas, levantar discussões, questionar...

Assista aqui:

http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html


Nem sempre a escola proporciona isso, fazendo com que o aluno se reprima de suas significações, como na figura.



Deste modo, acreditamos que o aprender é a construção da realidade segundo o ideal de cada um, ou seja, sua visão de mundo, a qual deve passar pelo exercício de perguntar, duvidar e repensar a realidade em que estamos inseridos. Para isso, deve haver disposição daquele que é o ator do ensinar, na medida que para que se ensine é preciso primeiro aprender e, portanto, passar por esse exercício de reconstrução de uma verdade.


Anderson Cavalini Dias RA:101465

Daniele Pampanini Dias RA:101947

Hanna Cotrim Broncher RA:102562

Livia Palhares Pozza RA:103090

Marina Figueiredo Fioravanti RA: 106842

Valéria Araújo RA: 104239

Referências: Página 149.Retirado do Livro: LARROSA. J. Pedagogia Profana:danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte: Autêntica, 1999

2 comentários:

  1. Acho que o exercício em encontrar nossa verdade, como vocês dizem no texto, começa agora enquanto somos alunos. Nós ainda temos o hábito de tomar alguns ensinamentos de nosso próprios professores como a verdade a respeito do que está sendo discutido. Não paramos para pensar que as sugestões de leituras, as palavras escolhidas para expor a matéria já estão tendenciadas.
    Como futuros professores, devemos pensar que, por mais difícil que seja, precisamos nos desligar das nossas crenças e educar o aluno para a liberdade da busca pela verdade particular de cada um.

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  2. Realmente, a repressão existente não só na escola, mas também em várias relações sociais a respeito da realidade faz com que as pessoas adotem padrões e tornar esses padrões verdadeiros e dessa forma passamos a reproduzi-los, assim professores acabam transferindo isso para seus alunos e fazendo com que eles assim também adotem tais padrões. Além de não poder ter uma visão liberta da realidade as pessoas ainda reprimem quem faz alguma tentativa de fazer isso.

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