quarta-feira, 24 de agosto de 2011


"A verdade pode ser como o reflexo de um prisma, dependendo do ângulo enxergamos uma cor"

Síntese das ideias do grupo sobre Agamenon e seu porqueiro

Um dos aspectos principais do texto “Agamenon e seu porqueiro” de Jorge Larrosa é o caráter múltiplo da verdade e da realidade. Carr, em seu livro “Que é a História?”, descreve a história como uma montanha, e os historiadores como observadores. Dependendo do ponto de vista do observador, amontanha tem uma forma, uma cor, enfim, características diferentes. Mas ninguém pode olhar a montanha e descrever um elefante. Todo observador descreve a montanha da maneira que ele a vê. Essa comparação pode ser feita também em relação à realidade e a verdade, pois estas podem ser vistas sob diversos pontos de vista, de acordo com o contexto histórico-social e tudo mais que possa influenciar a maneira do indivíduo encarar o mundo em que ele está inserido. Porém é preciso ter cuidado ao perceber a realidade/verdade como multifacetadas e as fragmentarmos a tal ponto de pensarmos ser possuidores de um desses fragmentos, e que somente este fragmento que nos pertence está sob nossa responsabilidade.

É aí então que precisamos pensar o papel da escola e da educação. O professor, que muitas vezes é encarado como detentor da verdade, como se este tivesse poder sobre o conhecimento, tem papel fundamental de desconstruir estas ideias. Ele não deve pedir aos seus alunos uma sujeição cega a seus preceitos, seu papel não é transmitir um pacote de verdades absolutas e inquestionáveis. Por outro lado, a educação, mediada pelo professor, deve fornecer aos alunos as ferramentas necessárias para que estes possam desenvolver sua criticidade, para perceber os limites da realidade e assim distinguir o que é somente uma das faces da verdade e o que é uma “manipulação” disfarçada de verdade. A escola deve incentivar os alunos a buscar por conhecimentos que os auxiliem na construção da base necessária para que eles possam questionar e compreender por si próprios a realidade em que vivem, e mais, para que possam enxergar alternativas de modificar essa realidade – não a realidade individual, mas aquela realidade mais ampla em que eles estão inseridos.

Camille Lanza de Paula.

Janice Sança

Hugo Santos

Nathália Pattenon

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