A questão mais importante promovida pelo texto de Larrosa com certeza é a questão da relatividade da verdade.
Ao entrarmos em uma época onde há uma multiplicidade de verdades, como apontado no texto, nos deparamos com a relação entre objeto e significado, entendendo aqui objeto como algo que é, e o significado, o uso ou o entendimento que damos a ele.
O grupo fez um forte comparativo da questão da relatividade quando trouxe a discussão para a educação e comparou a verdade teoricamente absoluta ao professor/Estado e o não questionamento da verdade ao aluno/sociedade.
Quando fizemos essa comparação, tentando entender os mecanismos de funcionamento do exemplo citado acima, logo nos lembramos da figura inquestionável do professor e das nossas situações – até cômicas – em sala de aula, onde erramos drasticamente em algum conceito passado para os alunos, e eles tiveram vergonha de nos questionar. É claro que, não tínhamos pessoalmente o desejo que eles fizessem isso, porém eles já trazem aquela construção de que o professor é inquestionável e por mais absurdo que possa parecer o que ele passa, ele está certo.
A problemática se instala quando reconhecemos em exemplos que vemos no dia a dia da escola e até da universidade, professores que realizam o exercício sádico de manter esse tipo de autoridade existindo. E não é um trabalho difícil. A comunicação de massa, que tem aspectos positivos, pode contribuir para a continuidade desse tipo de paradigma em seu lado negativo. Os discursos autoritários presentes na educação em certos casos dizem aos alunos que não se deve questionar e ao professor que ele não deve se questionar. E que educação é essa onde o aluno não faz perguntas e o professor não melhora sua prática através da escuta de opiniões e auto-crítica?
Por:
Anna Cláudia Sales Varani
Josiane Viana Nonato
Renata Carolina Casagrande
"E que educação é essa onde o aluno não faz perguntas e o professor não melhora sua prática através da escuta de opiniões e auto-crítica?"
ResponderExcluirInfelizmente é a que vivemos hoje.
Livia Pozza
Tem muito professor que prefere usar a autoridade que naturalmente possui para evitar questionamentos. Além disso, o pensamento crítico não é valorizado em muitas escolas e a criança que questiona demais é vista como uma ameaça a autoridade, ou vista como chata pelos colegas de classe. Fora o fato de que o professor usa a nota final para afirmar sua autoridade, o que inibe muitos alunos a questionar, criticar, etc.
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