terça-feira, 16 de agosto de 2011

Apreensão além


Parti minha reflexão da seguinte frase contida no texto de Larrosa: “O que se deve ler na lição não é o que o texto diz, mas aquilo que ele dá o que dizer.”

Acredito que ela me chamou mais a atenção pelo fato de eu a ter enxergado na realidade que muitos enfrentam e enfrentarão: a sala de aula. Quando se é falado sobre a lição no texto, a lição de ler, fala-se sobre apreender o que o texto dá a dizer, ou seja, ir além do texto, provocar pensamentos/perguntas. Mas, o que muito ocorre na realidade dos alunos é que eles veem as lições (de ler) como, além de uma obrigação imposta pelo professor que dita sua nota, uma atividade que quando realizada, possibilitará a retirada de um conhecimento pronto e de imediata aplicabilidade.

Acredito que há que ser feito uma exposição interrogada para motivar os alunos a pensar e para eles interarem do assunto em busca de respostas. Novas respostas. Por parte dos professores também, superar o vício da transmissão do conhecimento pronto, como se fossem verdades absolutas. Vamos formar alunos (seres) pensantes!

2 comentários:

  1. Penso que o excesso de atividades programadas e "mecânicas" é responsável pela castração do pensar. Vejo um grande problema quando muito é cobrado, e pouco é provocado, desenvolvido. Para que haja seres pensantes é preciso possibilitar que o artista existente em cada um aflore, porque, afinal de contas, qualquer um tem a capacidade de criar... basta haver permissão/possibilidade para isso.

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  2. Talvez essa seja uma possibilidade para a pergunta que formulei em meu comentário. O que mais vemos hoje nos alunos é um desinteresse pela leitura. Talvez, se esta causasse inquietações, poderia levar a busca de respostas. Faria o aluno pensar, escrever e, quem sabe, ler ainda mais.

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