terça-feira, 1 de novembro de 2011

A escola das diferenças



A escola dos diferentes é aquela destinada a um grupo específico identificado como diferente ou especial. Estes normalmente representam um problema aos ditos normais, portanto, devem ficar separados para que cada um receba o tratamento que lhe é devido. Já a escola das diferenças é aquela que concebe cada indivíduo como diferente. Dessa forma, todos podem estar juntos, de forma que a escola seja “um espaço de todos, no qual os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressam suas idéias livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças.” (MEC, 2010, p.8). Essa é a escola da inclusão.

Contudo, nem sempre é essa escola que vemos. Na maioria dos casos o que se apresenta é a escola dos diferentes, que rotula os alunos segundo categorias perversas, das quais os que não fazem parte são excluídos. É por esse motivo que o documento do MEC aponta que “Os encaminhamentos dos alunos às classes e escolas especiais, os currículos adaptados, o ensino diferenciado, a terminalidade específica dos níveis de ensino e outras soluções precisam ser indagados em suas razões de adoção, interrogados em seus benefícios, discutidos em seus fins, e eliminados por completo e com urgência.” (MEC, 2010, p.9).

Além disso, se pensarmos em uma escola específica para cada diferença, deveríamos voltar a época em que os alunos tinham aulas individuais nas casas de seus mestres. Evitava-se o contato, a socialização e, portanto, a percepção das diferenças. Parecia ideal. Porém, com as mudanças de concepção educacional, ocorreu a transformação da escola. Agora são vários alunos em sala. Impossível mascarar as diferenças. O que fazer? Excluir os que apresentam diferenças não aceitáveis? Claro que não. Lutemos por uma escola inclusiva, por uma escola das diferenças.

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