quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Identidade e Diferença

Muitos professores vêem a discussão da diferença como algo que gera conflitos e atrapalha, e tentam fugir desse ‘problema’ simplesmente ignorando o assunto na sala de aula. Entretanto, como hoje isso é muito discutido na educação, muitos apresentam a questão da diversidade e diferenças culturais de modo pontual, fazendo com que os estudantes fiquem com uma visão distante e superficial das diferentes culturas. Como o autor colocou, o outro muitas vezes passa a ser visto como algo exótico, curioso. E, diante disso, a discussão perde o seu sentido e separa ainda mais o mundo de um com o do outro.

Achei interessante quando o autor fala que mais do que tolerar e respeitar as diferenças, é necessário fazer dessa discussão um momento para pensar como ela é produzida, ou seja, questioná-la. É preciso entender como as diferentes culturas estão presas a relações de poder.

E nisso penso em mim enquanto professora tentando por em prática o que o autor escreve. Será necessário cruzar fronteiras, como metaforicamente o autor comenta, para não respeitar os sinais que demarcam - "artificialmente" - os limites entre os territórios das diferentes identidades”.

Um comentário:

  1. Achei interessante você ter comentado essa questão de vermos o outro como algo exótico, curioso... Penso que isso é muito comum e me fez lembrar bastante do anacronismo. Há um certo hábito em queremos olhar o mundo e os outros à partir do que vivemos, de nós.
    Acredito que, assim como utilizar ideias de uma época para analisar os acontecimentos de outro tempo é limitar a própria análise, utilizar somente nossas vivências para conhecer o outro, nada mais é do que reduzir o conhecimento e, não obstante, generalizá-lo, limitá-lo... até mesmo, destruí-lo, impedindo sua liberdade de ser.

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