quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Nome dos Outros

 
           “O nome dos outros” ao buscar uma ruptura com os conceitos que são explicados através do senso comum, me fez lembrar do chamado “desconfiar sempre” das explicações que abordam determinados assuntos, nesse caso, os discursos que tratam a diversidade. Dentro da palavra “diversidade” está o outro e é exatamente esse outro que justifica as nossas condutas; por outro lado, o outro também é utilizado para justificar as crises ocorridas, para serem culpados: “O outro diferente funciona como o depositário de todos os males, como o portador das falhas sociais. Este tipo de pensamento supõe que a pobreza é do pobre; a violência, do violento; o problema de aprendizagem, do aluno; a deficiência, do deficiente; e a exclusão, do excluído”. Assim, ver o outro como culpado pelas crises, faz com que exista uma única verdade, um único modo de ser: o de não ser como o outro.
           Dentro do contexto escolar, a diferença com o que se passa entre os alunos (os outros para os professores) faz com que os professores estabeleçam condutas que servirão para todos, traçando um perfil ideal a ser seguido e elogiando os alunos que seguem tal perfil (aqui vale lembrar do conceito de diferença descrito por Tomaz Silva, em que a diferença não está entre x e y, está no que se passa entre x e y). Com isso, vale pensar nas possibilidades de educar na diferença, sem utilizar o senso comum de diversidade, multiculturalismo.

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