OLHAR E VER
Quando olho, sinto meus sentidos visuais passarem como de relance sobre as coisas, superficialmente, sem qualquer profundidade. Interpreto a percepção rasa com meus julgamentos adquiridos através de minhas experiências e acabo obtendo mais do mesmo... mais daquilo que já sei de cor e salteado e que de nada me auxilia em meu progresso e no dos demais ao meu redor.
Experimento então ver... ver é algo complicado pra quem estava acostumado a apenas olhar e reagir sem ao menos dar o mínimo de chance daquela coisa se desnudar a sua frente. Ver é infinito, é profundidade, e é, ao mesmo tempo, simplicidade. Simplicidade que não se alcança com facilidade, pois que impõe um duro trabalho de aprofundamento na observação e um consequente distanciamento. É fato que para isso há de haver vontade, e muita, principalmente no início da subida rumo ao mundo que não se olha... se vê!
Esse mundo não se vê com os olhos... se vê com a alma, com o espírito ou com o que quer que queiram chamar essa substância que não se vê mas que se sente presente em nosso âmago. Ver com a alma nos oportuniza atingir a verdade, que também é mutável e multifacetada...
Mas.... uma vez que se entra em contato com esse novo mundo, um mundo de imaginação, criação e infinitas possibilidades, dificilmente contentamo-nos com o mundo anterior... o da superficialidade.
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No texto temos uma proposta de consideração do outro como alguém, como alguém como eu e como você. As diferenças superficiais que nos é muito clara, pode tanto empobrecer-nos como enriquecer nossas experiências. Em grupo criamos esse mundo, então que o possamos aceitar da maneira que é e através dele nos tornemos aptos a conceber a vida que todos merecemos e queremos tanto.
Observar, aceitar e agir a partir do que temos, usar daquilo que nos é dado em abundância é a única forma de nos unirmos em prol de um futuro iluminado para todos. É simples.... basta começarmos!
Desejo a todos nós que nossa visão nos permita ver!
Postado por Lívia da Costa Quezado Ribeiro
RA 091972
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