quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Noiva do Cordeiro


Após assistir ao vídeo sobre a comunidade "noiva do cordeiro", pensei sobre os limites de uma recusa ao poder, ou sobre qualquer tipo de recusa, pois, de maneira direta, acredito que ao recusar alguma coisa, aceitamos outra; ou melhor dizendo: sempre há um “não” dentro de um “sim” ou vice-versa.  Também pensei a respeito das nossas escolhas e como que, a partir delas, o julgamento alheio pode afetar a concepção geral das pessoas de uma cidade e como pode trazer constrangimentos para os que não vivem sob determinada forma. Para constar, a comunidade “noiva do cordeiro” não é bem vista no local, sendo as mulheres de lá chamadas de "prostitutas", pelo simples fato de que matriarca da comunidade se separou do marido no século 19, o que era muito incomum na época. De qualquer maneira, olhando de perto o cotidiano dessas mulheres, pude notar que elas trazem aspectos quase sempre esquecidos na sociedade atual, como solidariedade e respeito-mútuo. Mais do que isso, as noivas são um exemplo de como é possível mudar, através de uma organização solidária e coletiva, a realidade, mas não os pré-julgamentos. Esses pré-julgamentos ou preconceitos parecem ser o “fardo” de todo aquele que não vive de uma determinada maneira precisa carregar.

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