quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O nome dos outros - Silvia Duschatzky e Carlos Skliar

Podemos ver com leitura deste texto o modo como a educação trabalha a questão da alteridade na escola. Através desta leitura, é possível lembrar os tempos da escola e infelizmente, confirmar o que esta escrito. O modo como este tema é trabalhado, superficialmente, apenas para mostrar que se trabalhou com a diferença.
E na verdade, não é nem com a alteridade que a escola trabalha, é com o multiculturalismo nos moldes apresentados no texto, que o tema vem sendo abordado com os jovens.

“(...)multiculturalismo pode ser definido, simplesmente, como a autorização para que os outros continuem sendo esses outros porém em um espaço de legalidade, de oficialidade, uma convivência sem remédio” (p. 129)

"(...)existe uma perversão manifesta em todas as formas de educação multicultural quando elas estão sustentadas só a partir do politicamente correto, das ações afirmativas e da apresentação da alteridade em termos exóticos."(p. 132)


A escola apenas mostra as diferenças, onde vivem, como vivem, mostram fotos, mas não lhes dá oportunidade de participação. Ela ensina a diversidade cultural, mas não educa para a alteridade. Para que se sinta o outro com suas diferenças, que entenda suas diferenças. As escolas falam, mostram e conversam sobre os diferentes, mas eles estão apenas no currículo. Não fazem parte da realidade social. São excluídos.

São diversas as questões que este texto nos mostra. Outro item importante que o texto apresenta é a questão de o outro, o diferente, não exister sem nós mesmos. O outro é uma "imagem velado, como sua inversão negativa.(p. 122)"
Foi assim que nós os criamos, que as nossas relações sociais desejam que continue e por isso tal educação é tão superficial ao falar sobre o tema das diferenças.





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