Somos sujeitos em relação, e nos constituímos a partir das interações com os outros seres.
A imagem de nós próprios se forma a partir dessas interações. Somos seres sociais, assim, somos dependentes do olhar do outro. Precisamos ser reconhecidos. Muito do que conheço de mim é fruto do olhar do outro. Esse outro que, se fosse igual a mim, não me mostraria coisa alguma. O reconhecimento pelo outro não é uma questão de vaidade; ele nos dá sentido.
Não há problema algum em nossa imagem “receber” contribuições de outros, desde que isso não signifique que estejamos sujeitados. Afinal, nós também interferimos nas pessoas. Temos que fazer disso uma troca, um diálogo.
A arte está em vivermos as relações, mas mantendo as individualidades. Todas – não apenas a minha. Contemplar a diferença, e perceber que muitas vezes sem o outro eu não sei quem sou, pois eu sou em relação e em sociedade.
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