Ao ponderar sobre o documentário “Noivas do cordeiro” e as leituras a respeito dessa comunidade sobre a luz do texto “Educação como Sujeição e como Recusa” a idéia de sujeito e o poder que a perspectiva que mesmo tem sobre si e sobre o outro, governou toda a minha análise. Segundo o texto para a atividade anterior o ser humano é governado não somente por imposição de “força” externa, mas por ação forças internas (consciência, visão de si mesmo).
“[...] os seres humanos são também intersubjetivamente sujeitados pelo fato de que são governados externamente por outros e internamente por suas próprias consciências.” (p.101)
Os preconceitos vividos por Maria Senhorinha de Lima levou toda a sua família ao isolamento. A força das idéias de rejeição e preconceito se sustentou por gerações alimentando o isolamento como é descrito por Maria Olímpia.
“como se atingido por um raio, o preconceito se alastrou e envolveu toda a sua descendência. Filha de prostituta é. E a coisa ficou feia por várias gerações, obrigando-os a viver de forma isolada, sem contato com outros povoados e cidades da região. Nem se tivessem doenças contagiosas, seriam tão segregados.” (trecho documentário) (grifo meu)
A comunidade Noivas do cordeiro vem superando as idéias impostas a recusa das idéias a respeito da sua origem e sua luta por sobrevivência sem julgamentos ou dogmas vem movendo a luta contra o isolamento nascido há décadas.
A historia de vida dessas mulheres me trouxe a seguinte indagação; “Até que ponto as idéias e preconceitos que temos sobre educação vêm isolando nossas crianças e adolescentes? ’’ O quanto de nossas idéias vem influenciando as idéias que nossos alunos têm de si mesmos?
“Filha de prostituta é” ... O Brasil não tem mais jeito... pior índice do IDEB... aluno burro... pior escola... a sala que é um inferno...
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